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A ANBERR PERDE MAIS UM DOS SEUS PARA A PANDEMIA

02.02.2021

Prezadas associadas e prezados associados:
Ontem sofremos mais uma perda para a covid-19, perda essa que vem a se somar a várias outras que a precederam, e há outros doentes que lutam por suas vidas. Desde o início da pandemia temos que conviver com a realidade de mortes de associados, ou então, do falecimento de seus parentes, maridos, esposas, filhos, etc... A cada informação de falecimento repassada à diretoria da ANBERR, traz, consigo, além de uma enorme tristeza por aqueles que pereceram, também uma brutal sensação de frustração temperada com uma certa dose de revolta e inconformismo; frustração, revolta e inconformismo não pela razão que consideramos que a vida não seja, e deva ser finita, por conseguinte, que a morte é algo natural na exata medida que chegará, inelutavelmente, a todos nós, mas sim porque, talvez, pudesse ter sido evitada, e que, portanto, essa sensação amarga de impotência absoluta de nada poder fazer, salvo lamentar as perdas, não seria inevitável; a sensação de que alguns partiram cedo demais.
A diretoria da ANBERR buscou e busca sempre amparar e ajudar as famílias de nossos associados que perderam a batalha para a pandemia, e o faz pela simples razão que é a atitude mínima que se espera de todo e qualquer ser que se diz humano. Cuidem-se, e cuidem dos seus e, também, das demais pessoas porque, embora, como tudo que ocorre nesse país, a pandemia também tenha se transformado em ponto de discussões ideológicas, tão apaixonadas quanto inúteis quando se trata de vida ou morte, é certo que o vírus não respeita ou importa-se com concepções políticas diversas. Ideologias, convicções, concepções de mundo são fatores relevantes que dão sentido e significado para as nossas existências, contudo, é preciso lembrar que para que elas possam existir, para que elas possam ser expressadas, é preciso, antes, existir vida, estar vivo, uma vez que a vida é a condição necessária, inarredável, para que tudo mais possa acontecer.
 
Cuidem-se e cuidem dos outros.
 
Grande abraço Evandro