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17.08.2017
OS RESULTADOS DO PLANO REG REPLAN NÃO SALDADO
A ANBERR, baseada na análise de sua Consultoria Atuarial, Equipe Atuarial vem apresentar os principais resultados do Plano REG REPLAN NÃO SALDADO em dezembro/2016. Os números finais do fechamento de 2016 foram conhecidos no início deste mês de agosto, tendo em vista que a Fundação tinha até o dia 31/7/2017 o prazo legal para a apresentação destes resultados.
Assim, após oito meses de encerramento do exercício de 2016, finalmente conseguimos ver o resultado de dezembro de 2016.
Vamos então aos números:
Abaixo, as considerações da equipe Atuarial:
Preliminarmente, cabe esclarecer que todos os dados constantes desta publicação, foram retirados de um documento denominado DEMONSTRAÇÃO ATUARIAL, que está à disposição de todos os participantes no sitio da FUNCEF.
Como era de se esperar, os números não são nada agradáveis de se ver. Uma péssima rentabilidade dos ativos e outro equacionamento a ser implementado, como a seguir iremos apresentar.
Somos atualmente, 5.970 participantes, sendo, 2.363 ativos e 3.607 assistidos e pensionistas.
Cabe salientar que esta população de participantes ativos está muito próxima da aposentadoria, faltando em média, apenas 13 meses para a aposentadoria.
O total de compromissos do Plano é de R$ 5,99 bilhões em 2016 contra R$ 5,61 bilhões em 2015.
A provisão de Benefícios Concedidos se refere àqueles participantes que já estão em gozo de benefício (Assistidos e Pensionistas) sendo a Provisão de Benefícios a Conceder, relativa aos que ainda estão em atividade.
O resultado do Plano REG REPLAN NÃO SALDADO foi um déficit técnico da ordem de R$ 1,9 bilhões.
A principal causa deste enorme déficit, é a baixa rentabilidade dos investimentos da FUNCEF, ao longo dos últimos anos.
Um dos principais fatores da manutenção do equilíbrio financeiro do Plano é a busca da Meta Atuarial do Plano, que neste exercício é composta pelo INPC e juros reais de 5,56%.
A meta para o ano de 2016 foi a seguinte: 5,56% de juros do Plano acrescido de 6,58% relativo ao INPC, resultando na meta atuarial de 12,62%. Já a rentabilidade obtida nos investimentos foi de 5,87%, ou seja, não conseguiu nem a inflação do período.
Valores a equacionar
Com o resultado de 2015, já deveria ter sido implementada neste ano de 2017, uma contribuição denominada contribuição extraordinária, porém, por problemas de entendimento entre a PREVIC, FUNCEF e CAIXA, em relação à paridade de contribuições, o equacionamento ainda não ocorreu. O valor que deveria ter sido equacionado era de R$ 1,046 bilhões.
Com o resultado de 2016, temos mais R$ 266 milhões para começar a equacionar em 2018.
Prezadas associadas e prezados associados, a funcef passa por situação delicada em virtude de déficits que se acumulam por anos e péssimos rendimentos das aplicações dos ativos, aplicações que nem sequer atingiram índices próximos da meta atuarial ou até mesmo foram negativos. Tenho afirmado que parte da solução dos problemas da funcef consiste em conhecer as causas que os geraram e não repetir os erros do passado, e a outra parte é trabalharmos com muito empenho e dedicação para recuperar e reverter o quadro que hoje enfrentamos, e estou convicto que a funcef será recuperada e novamente tornar-se-á um fundo de pensão superavitário e forte. Em tempos difíceis somos tentados a buscar soluções mágicas e a negar ou minimizar a complexidade das medidas necessárias à resolução das dificuldades, porém não há mágica e nem haverá facilidades, e o momento requer que todos os assistidos e participantes tenham a consciência deste fato. Temos que melhorar o rendimento de nossos ativos, buscar recuperar ativos dentro da operação Greenfield, cobrar o contencioso judicial da caixa, aumentar o grau de fiscalização e participação dos assistidos e participantes na funcef, para evitarmos os equívocos do passado, acabar com o voto de qualidade (minerva) da patrocinadora e sobretudo impedir a influência político-partidário na Diretoria Executiva e Conselhos da funcef. A funcef foi criada para pagar benefícios aos seus assistidos e participantes, e não para ser aparelho partidário ou atender interesses estranhos a sua finalidade. Não foi o excesso de participação dos assistidos e participantes que levaram a funcef aos problemas de hoje, mas sim a impossibilidade de participar e fiscalizar o que ocorria na fundação. Gerir e fiscalizar a funcef é tarefa de seus proprietários, assistidos e participantes, e não pode ser delegada a terceiros interessados. Contratação de assessorias técnicas não significa abdicar de cuidar e gerir nossos ativos, uma vez que não creio que alguém tenha mais zelo e cuidados com a funcef do que aqueles que dependem ou dependerão dela e de seus recursos no futuro. Não se trata de ideologia, trata-se de cuidar do que é de todos , pelos representantes do todo, e penso que grandes empresas e empresários nacionais e internacionais concordariam com isto. A funcef tem jeito e será recuperada e para isto ocorrer basta trabalharmos de forma conjunta, tomar as medidas necessárias e esquecer soluções mágicas que mais atrapalham do que somam, e o mais importante de tudo, abandonar todo e qualquer projeto pessoal ou de grupos diversos e dar primazia absoluta à coletividade dos assistidos e participantes, porque são estes que importam, o resto é secundário.
Abraço a todos.
Evandro Agnoletto - Presidente da ANBERR