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RECUPERAR SENHA
17.01.2014
Prezadas associadas e prezados associados da ANBERR:
A manifestação do atual governo sobre a vontade de abrir o capital da caixa, transformando-a em uma S/A, tem gerado muita preocupação entre os nossos e todos os demais colegas da empresa e, não seria necessário dizer que, a esmagadora maioria de nossos pares se opõem energicamente ao projeto governista, e se opõem com razões que merecem consideração: A primeira razão é no sentido de que a caixa é um banco integralmente estatal e o é porque exerce funções que não poderiam ser desempenhadas por um banco comum e com proprietários privados, quais sejam , funções sociais que abrangem a sustentação de vários programas que visam a diminuição ou extinção do desequilíbrio social e econômico e, tais programas não geram lucros ou dividendos, por conseguinte, não são propriamente objetos de desejos de investidores que buscam apenas lucros e remuneração do capital investido na aquisição de ações. Neste sentido, abrir o capital da caixa significaria uma redução de sua função social ou até mesmo a extinção deste papel relevante para o povo e o país, enfim, significaria a própria e estrita aniquilação da natureza da caixa, transformando-a em apenas mais um simples e comum banco, igual a todos os outros que aí estão, e convenhamos que no Brasil o que não falta são bancos; A segunda razão é mais espinhosa porque remete à perscrutação do quê e quais os motivos se revestem esta vontade governista, uma vez que a caixa é uma empresa superavitária e que tem crescido no mercado financeiro, talvez até demais e acabou por ocupar, quem sabe, espaço em demasia na competição com as demais (S/As) instituições financeiras. Não há lógica alguma que possa justificar que uma empresa lucrativa e em crescimento, necessite abrir o seu capital, vender ações no mercado em busca de investimentos supérfluos, portanto, a razão do governo não deve passar por aí e provavelmente deve obedecer `outras motivações, motivos que até agora nem sequer foram minimante expostos aos empregados da caixa.
A posição da diretoria da ANBERR é absolutamente contrária à abertura do capital da caixa e a ANBERR não se omitirá em cerrar fileiras e trabalhar conjuntamente com toda e qualquer entidade de classe dos empregados que pense da mesma forma, com o objetivo de buscar apoios políticos no congresso nacional para que essa medida governamental não seja aprovada. Além disto, pensamos que deva ser organizado uma mobilização entre os empregados da caixa, com a finalidade de buscar apoio também entre a população brasileira, explicando o que significará para ela a transformação da caixa em um banco que , obrigatoriamente, terá que render dividendos e lucros para acionistas privados.
O bom de tudo isso é que, mais uma vez, poderemos constatar quem e quais entidades de classe ficarão ao lado dos empregados e lutarão com eles para manter a caixa a salvo de proprietários privados e, quem sabe, um facilitador em uma futura privatização, e quem e quais entidades de classe se omitirão ou apoiarão a decisão governamental de transformar a caixa em uma S/A. São momentos como esses que as pessoas se mostram e definem o lado que apoiarão e nós precisamos estar muito atentos sobre este fato.
Abraço
Evandro Agnoletto - Presidente ANBERR