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ENTRE A LETÁRGICA ALIENAÇÃO E O ESPANTO EM RELAÇÃO À FUNCEF

06.12.2014

Prezadas associadas e prezados associados:
 É  compreensível que diante de acontecimentos que jamais tenhamos prestado maior atenção e, quando  surgem fatos que nos surprendem e nos preocupem, tenhamos uma reação radical e inusitada. ₢onstato este comportamento em relação ao atual momento de nossa fundação, a FUNCEF. Não é surpresa para os associados da ANBERR o atual momento delicado por que passa a FUNCEF e não o é porque desde o ano de 2010 as assessorias técnicas da ANBERR já alertavam para as possíveis turbulências que assolariam os fundos de pensão, turbulências estas fruto de vários fatores técnicos, conjuntura econômica, impossibilidade de cumprimento das metas atuarias, etc...
 Hoje assisto uma total mudança de comportamento dos empregados da caixa, ativos e aposentados, qual seja, saíram da quase total alienação para uma atitude de caça às bruxas, buscando responsabilizar a quem ou a sujeitos que seriam responsáveis pela atual difícil situação da funcef, então, para os associados da ANBERR eu faço um pedido: mantenham a serenidade e a tranquilidade, e por que o faço? Em primeiro lugar, para que tenhamos a clareza de que a situação é originada por uma série de causas complexas e que não cometamos, pelo sentimento acalorado que controla a discussão, a precipitação de cometermos o sério equívoco de reduzir a questão e de não sucumbirmos à enorme tentação de transformá-la em uma discussão política e, com isso, buscar responsáveis e culpados. A ANBERR solicita dados da FUNCEF desde o ano de 2010 e ainda não os conseguiu, e neste momento, sem base para afirmarmos com a certeza requerida sobre o tema, devemos afirmar o que já sabemos: as dificuldades da FUNCEF são de ordem técnica e, com os devidas correções que se fazem necessárias, absolutamente administráveis. Não há razões para que instale qualquer pânico ou desespero sobre a questão. Há sim que atuar de forma imediata e positiva para a resolução dos atuais problemas e para isso há diretores eleitos pelos empregados da caixa que tem a tarefa e o compromisso de fazê-la. O que nos cabe neste momento é auxliá-los no trabalho, e fico muito a vontade nesta questão, uma vez que não votei neles, mas reconheço, pela regra de ouro da democracia, qual seja, da maioria, que venceram legitimamente e são hoje os representantes de todos os empregados da caixa na FUNCEF, então, que os auxiliemos em sua jornada.
 Toda e qualquer entidade de classe séria deve observar alguns principios caros à convivência humana: o primeiro que avoco é o da responsabilidade e ele consiste basicamente, no presente caso, de não fazer qualquer ilação sobre o caráter e a honestidade de qualquer gestor da FUNCEF, ou seja, em princípio todos são honestos e se por ventura cometeram equívocos, estes foram inerentes às suas funções. O segundo princípio vai no sentido de não se utilizar politicamente o difícil momento pelo qual passa a funcef, uma vez que isso não é relevante e em nada auxilia na presente discussão, pela simples razão de que não faz parte do caráter da ANBERR utilizar-se do oportunismo barato e, para aqueles que possam argumentar que outros não tiveram e nem teriam a mesma atitude em relação a nós, reg e replan não saldados, eu diria que é exatamente por esta razão que não devemos cometer o mesmo equívoco, afinal, a ausência de virtude nunca foi ou será um exemplo a ser seguido, e a  observância de um comportamento ético em todos os momentos é condição sine qua non de um bom caráter.
 Cabe à diretoria buscar os dados da FUNCEF, e isso faremos, de uma forma ou de outra, cabe às assessorias técnicas analisá-los de maneira detalhada e  em todos os seus âmbitos, e isso elas o farão, e cabe às associadas e associados da ANBERR manter a serenidade e a calma, certos de que serão protegidos em todas as instâncias que se fizerem necessárias e que a ANBERR continuará acompanhando de forma resoluta os resultados da funcef, e mais, não se omitirá, se assim for constatado, de responsabilizar a quem quer que seja.
 Incentivem a participação nos assuntos da funcef, expliquem que isso deve ser transformado em um hábito permanente, exercido de forma racional e equilibrada, uma vez que a FUNCEF é a garantia digna para as suas vidas no futuro. Abraço Evandro Agnoletto - Presidente ANBERR