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25.12.2012
Prezadas sócias e prezados sócios:
Mais um ano novo se aproxima e ele reserva a todos nós muito trabalho e desafios a serem vencidos contra adversários poderosos.
Lembro-me de anos passados quando os reg e replan não saldados eram humilhados e encostados na parede, por uma gestão covarde e seus aliados de plantão! Tempos difíceis que pareciam não apontar para qualquer saída ou esperança digna para quem havia resolvido permanecer fiel às suas convicções pessoais. É assim mesmo: tiranos são covardes e pusilânimes em seus objetivos... não aceitam qualquer resistência daqueles que não se curvam aos desmandos de ocasião! As coisas começam a mudar e os oportunistas de ontem, que nos excluíram "oficialmente", começam a mudar os seus discursos porque a família reg e replan não saldada poderá se multiplicar por milhares, a qualquer momento. Os que ontem eram poucos e poderiam ser massacrados sem qualquer problema de consciência, hoje ou amanhã poderão mudar eleições em todas as entidades e, portanto, agora "merecem respeito". Mas os reg e replan não saldados possuem memória: eles sabem quem os excluiu em assembléias e acordos coletivos e que o fizeram por ordem de cúpulas partidárias, cúpulas estas que comandam os "líderes" soldados rasos que fingem ser dirigentes, quando na verdade não passam de paus mandados e dependentes de seus donos.
As sócias e sócios da ANBERR mostraram aos que se vendem à primeira oferta que, coragem, dignidade, convicção e integridade não se compram e nem podem ser aniquiladas através da perseguição abjeta.
As sócias e sócios da ANBERR mostraram que são feitos por liga diversa da excrescência dos pusilânimes que ajudaram decisivamente nos atos injustos que sofreram, e não se curvaram jamais. Isto tem um nome: decência, cidadania! E hoje, quando as máscaras começam a cair, quando os escândalos pululam de toda parte, quando descobrimos que dinheiro público e privado foram utilizados no mensalão para comprar votos que aprovaram o redutor previdenciário, projeto de FHC, materializado nos últimos doze anos, os apoiadores e parceiros desta vergonha querem se eximir da responsabilidade degradante que ajudaram a construir.
A história dará o tratamento justo aos que nos traíram, reservando para eles o desprezo e o esquecimento envergonhado, e aos reg e replan não saldados o presente já faz justiça pelo enorme exemplo de luta e não subserviência àqueles que pensaram que o país era sua propriedade privada e o poderiam utilizar da maneira mais escorchante que avaliassem ser justa.
Que este ano de 2013 nos traga muita luta e assim será, batalhas difíceis e penosas que poderão nos vencer em suas questões específicas, mas jamais conseguirão nos vencer naquilo que nos diferencia daqueles que se curvaram à menor ameaça: nosso orgulho de não termos nos entregado e abdicado do que realmente acreditamos. As sócias e sócios da ANBERR se negaram a abrir mão de serem agentes de suas próprias vidas e vedaram a terceiros que fizessem de suas vidas campo de atuação sem critérios éticos morais e duvidosos.
Deixo aqui meu abraço a todos da ANBERR e minha admiração por terem resistido a tempos sombrios e difíceis, mas que jamais preferiram cair de joelhos diante dos fracos e prevalecidos.
Em cada ano que inicia-se sempre há uma esperança de mudanças para melhor e este não será diferente. Lembro que tudo o que sofremos não é natural, mas sim cultural, e neste sentido basta estarmos vivos para mudar tudo o que aí está e isto será feito, mais cedo ou mais tarde, gostem ou não os escravos partidários políticos.
Abraço a todos e suas famílias nesta noite de 31/12/2012, e com a certeza de que vocês deram um exemplo reto a todos os empregados da caixa, qual seja, que sucumbir e aceitar o que não é justo nunca levará um grupo, uma entidade, um partido, um governo, um país ou o mundo a ser um lugar melhor e digno para se viver.
Que o novo ano se inicie com uma nova manhã e com um novo dia diferentes daqueles que findaram o ano de 2012.
http://youtu.be/exncXg-q8ak
Evandro Agnoletto - Presidente em exercício ANBERR