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24.12.2023
Prezadas associadas e prezados associados
Temos lido e ouvido até à exaustão que o Brasil é um país dividido, cindido e fragmentado pelas paixões políticas e ideológicas. Paixões são inerentes aos seres humanos e constituem a nossa essência e, portanto, não escapam da possibilidade dual de produzirem o Bem ou o Mal, construir ou destruir, aproximar ou afastar, amar ou odiar.
E tem-se a impressão de que, do Oiapoque ao Chuí, as paixões/convicções políticas e ideológicas foram, e muito, potencializadas, e adquiriram a estranha característica de serem definidas e conceituadas pelo famigerado sufixo "ista", e bastará que rotulemos a alguém como um "ista", em um determinado momento, e, imediatamente o sujeito será reduzido ao termo; o "ista" tornou-se universal, por conseguinte, válido para denotar a tudo e a todos, e justificativa para toda e qualquer intenção, manifestação, comportamento e ação. A depender do "ista" utilizado, um sujeito é avaliado como moral, ético, responsável, honesto, sábio, ou então o seu contrário, imoral, antiético, irresponsável, desonesto e estúpido. O maniqueísmo triunfa e a magia surge e se faz concreta: toda a complexidade de um ser humano cabe no interior de um "ista" proferido por alguém de forma peremptória e atemporal; o sujeito caracterizado com um eventual "ista" tem suas ações passadas apagadas, e as futuras absolutamente determinadas, e quanto maior e mais profunda for a redução de alguém ao sufixo, mais eficaz ela se mostra, e, também, mais equivocada
Que nesta noite de 24/12/2023, familiares e amigos se reúnam sem a intermediação do "ista" que reduz, que afasta, que produz rancor e mágoa, que destrói, e se tivermos que escolher um "ista", que ele seja o de humanista.
Um feliz natal a todos, pleno de afeto, compreensão, tolerância, respeito mútuo, solidariedade, paz e felicidade.
Grande abraço
Diretoria, Conselho e Equipe de Apoio da ANBERR