ÁREA DO ASSOCIADO
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RECUPERAR SENHA
31.12.2021
Prezadas amigas e prezados amigos, associadas e associados da ANBERR.
Eis que chegamos a mais um final de ano, e de um ano em que nos confrontamos com diversas e complexas dificuldades, no qual tivemos perdas de associados que não estarão conosco na noite de 31/12/2021. Quando do atendimento de suporte às famílias, aprendemos, mais uma vez, que a vida é um presente que recebemos, sem que tenhamos feito nada por merecê-lo. Em alguns momentos específicos, deixamos de perceber e entender a vida como algo extraordinário, e passamos a considerá-la, em virtude de dificuldades e obstáculos momentâneos, como um problema a ser solucionado ou um fardo pesado a ser carregado; um ônus, não uma dádiva. Dificuldades e obstáculos são partes constituintes de toda e qualquer existência, e o são de forma necessária para conceder sentido e significado para os eventos humanos e coisas do mundo. Uma necessidade imposta pela lei férrea da dualidade nos seus princípios lógicos, epistemológicos e ontológicos. Para aprendermos o que é alegria, não podemos prescindir da experiência da tristeza, da felicidade, da dor, do sofrimento e a ausência dele, enfim, são os contrários que tornam a vida rica e lhe dão o caráter de completude. A lei férrea da dualidade é inserida desde o dia em que nascemos, e ela insere no contrato original de qualquer vida, uma cláusula incontornável, inexorável, que reza que tudo ou todos que lhe concederam momentos felizes no transcorrer do tempo, em sua ausência ou falta, trará dor e sofrimento. Portanto, a questão se resume a um ponto simples: é melhor ter tido e ter e, por conseguinte, ser feliz, mesmo que esta felicidade seja temporária, e sofrer na sua falta, ou, então, é melhor nunca ter tido ou buscar a ter.
E o que esperar do ano de 2022? Creio que podemos concordar que 2022 será semelhante, ou pouco diverso, dos anos que o precederam: alegrias, felicidades, nascimentos, perdas, tristezas, dor, vitórias e derrotas, enfim, como reza aquela cláusula escrita em letras miúdas nos rodapés das páginas. Mas é preciso ressaltar e reiterar, embora seja uma obviedade clara, que para sentirmos, passarmos e usufruirmos desses acontecimentos, antes, é necessário estarmos aqui, presentes, vivos, e estarmos aqui faz toda a diferença, como tristemente o sabem os familiares dos nossos que pereceram em 2021. Então, que a nossa estada temporária por aqui seja utilizada para a realização do máximo de bem que pudermos. Temos por dever sempre buscar a fazer o bem, uma vez que ele é a base e substância para uma sociedade mais justa e humanista e para que isso ocorra, precisamos nos esforçar para melhorarmos como indivíduos em todas as relações que temos, e nas ações que praticamos.
Desejo a todos um ano de 2022 com muitos momentos felizes, com grande saúde física e mental, e com muito amor, mas aquele certo tipo de amor, verdadeiro, e que possui pressupostos básicos para acontecer, quais sejam: ausência de preconceitos e presença permanente de empatia, sempre acompanhada pela solidariedade, e uma enorme paz, aquela paz que é conquistada em cada quotidiano com muito empenho, dedicação, trabalho e lutas.
Grande abraço.
Evandro Agnoletto
Presidente ANBERR