ÁREA DO ASSOCIADO
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SENHA:
RECUPERAR SENHA
21.12.2021
Prezada associada e Prezado Associado
A Diretoria e o Conselho da ANBERR desejam a vocês e suas famílias um Feliz natal de 2021.
Abraços
"...o ser humano é um ser livre (moral), o conceito de dever não pode então conter outra coerção senão a autocoerção se se leva em conta a determinação interna da vontade (o móbil), pois somente através disso torna-se possível unificar aquela necessitação com a liberdade do arbítrio, pelo que, no entanto, o conceito de dever torna-se um conceito ético...Os impulsos da natureza, assim, contém obstáculos à realização do dever no âmbito do ser humano e forças (em parte poderosas) que opõem resistência, as quais ele tem de julgar-se capaz de combater e, por meio da razão, vencer, não apenas futuramente, mas sim imediatamente (em simultâneo com o pensamento)...a faculdade e o propósito refletido de opor resistência a um adversário forte, porém injusto, é a bravura (fortitudo), e, em relação ao adversário da intenção moral em nós, é virtude (virtus).. Virtude é a firmeza da máxima do ser humano no cumprimento do seu dever. Toda firmeza é conhecida apenas por meio de obstáculos que ela pode superar; na virtude, porém, estes são as inclinações naturais, que podem entrar em conflito com o propósito moral, e, visto que é o ser humano mesmo que coloca esses obstáculos no caminho de suas máximas, a virtude então não é meramente uma autocoerção, mas antes também uma coerção segundo um princípio de liberdade interna, por conseguinte, por meio da mera representação do seu dever, segundo a lei formal do mesmo...a consciência moral não é algo que possa ser adquirido e não há dever algum de adquirir uma para si; pelo contrário, todo ser humano, como ser moral, tem tal consciência moral originariamente em si...Estar obrigado à consciência moral equivaleria dizer: ter o dever de reconhecer deveres...Amar é relativo ao sentir e não ao querer, e não posso amar porque quero, menos ainda porque eu devo (não posso ser necessitado ao amor), por conseguinte, um dever de amar é um absurdo. Entretanto, a benevolência, enquanto um fazer, pode estar submetido a uma lei do dever... É dever ser beneficente com os outros na medida em que nos é possível, quer os amemos ou não...A misantropia é sempre odiosa... Pois a benevolência permanece sempre um dever, mesmo para com o misantropo, o qual não podemos por certo amar, mas ao qual podemos, sim, fazer o bem...assim, a virtude é a firmeza moral da vontade de um ser humano no cumprimento de seu dever, que é uma necessitação moral por meio de sua própria razão legisladora... Benevolência é a satisfação na felicidade (no bem-estar) do outro; mas a beneficência é a máxima de propor-se isso como fim, e o dever que lhe corresponde é a necessitação do sujeito, exercida pela razão, e admitir essa máxima como lei universal...ser beneficente, isto é, ajudar outros homens em necessidade com vistas à sua felicidade, é um dever de todos...Todo homem tem uma legítima pretensão ao respeito de seus semelhantes e, reciprocamente, ele também está obrigado a este respeito em relação a todos os outros...A humanidade é ela própria uma dignidade, pois o homem não pode ser usado por nenhum homem apenas como meio...Todas as relações morais de seres racionais que contém um princípio de concordância da vontade de um com a de outro podem ser remetidas ao amor e ao respeito". -" Age como se a máxima de tua ação devesse ser transformada em lei universal da natureza"... -"Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na outra pessoa, sempre como um fim e nunca como um meio". -" Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais". (KANT, Immanuel, Metafísica dos Costumes).
"Se houvesse no mundo um grupo grande de pessoas que desejasse mais a sua própria felicidade do que a infelicidade dos outros, em breve teríamos o paraíso". (BERTRAND, Russel).